Política


Marco Aurélio adia depoimento de Bolsonaro no inquérito sobre interferências na Polícia Federal


Publicado 17 de setembro de 2020 às 16:24     Por Roberta Cesar     Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, decidiu adiar o depoimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no inquérito que apura uma suposta interferência na Polícia Federal (PF). A decisão deve permanecer até que a Corte julgue um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU). Após ser intimado pela PF, o presidente deveria escolher uma data entre 21 a 23 de setembro para o interrogatório presencial. As informações foram publicadas pelo jornal Estadão, nesta quinta-feira (17).

Nesta quarta-feira (17), A AGU recorreu para que o depoimento de Bolsonaro seja tomado por escrito, e não pessoalmente. À reportagem, o ministro afirmou que levará o assunto ao plenário, o que inviabiliza a tomada de depoimento na data prevista, como a Polícia Federal tentou planejar.

O ministro STF, Celso de Mello, tinha decidido pelo depoimento presencial. No entanto, como está de licença médica, Marco Aurélio Mello terá a responsabilidade de decidir sobre o recurso da AGU. O ministro destacou que, até o momento, ainda não recebeu em seu gabinete o recurso da defesa do presidente. De acordo com Marco Aurélio, não seria adequado se somente ele cassasse a decisão do colega.

“Eu jamais examinaria o merecimento do ato dele, sozinho. Então como a Polícia Federal já adiantou os dias 21, 22 e 23 o agendamento, eu resolvi parar. A consequência da decisão de submissão ao plenário é não se ter o depoimento enquanto isso. Por consequência, seria o adiamento”, disse o ministro..

Um dos pontos usado pela AGU foi a decisão do Supremo, em 2017, tomada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que permitiu ao então presidente Michel Temer que apresentasse esclarecimentos de forma escrita sobre uma investigação relacionada à irregularidades no setor portuário.



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