O advogado Paulo Catta Preta questionou o policial militar aposentado e ex-assessor do agora senador Flávio Bolsonaro (Republicano), Fabrício Queiroz, sobre a informação de que ele estaria negociando um acordo de delação premiada com os investigadores do escândalo da rachadinha. “Doutor, eu não quero delatar e não tenho o que delatar”, respondeu o PM, segundo o defensor. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (1º) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

Segundo a publicação, a informação de que uma delação estaria a caminho foi divulgada na semana passada —quando Catta Preta, que é contra acordos de colaboração, disse não ter conhecimento de nada.

A colunista detalha que, na segunda-feira (29), porém, ele esteve na prisão com Queiroz e afirma que o questionou com clareza. “Disse a ele que, se fosse essa a opção, eu teria que sair do caso e indicar outro advogado. E ele me respondeu que era o contrário”, diz o Catta Preta.

“Eu estou seguro com o que ele me disse. Não teria por que mentir”, afirma o defensor. “Se quisesse fazer delação, ele teria que eticamente me comunicar.”

Ainda segundo a publicação, ele afirma também não acreditar em uma conversa direta de Queiroz com policiais ou procuradores, sem o seu conhecimento. “A lei diz que qualquer contato [com um possível delator] sem a presença de defensores é nulo e irregular”, diz.