Senadores do Centrão e aliados do Governo Federal veem como precipitada a decisão tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso nesta quinta-feira (15), que determinou o afastamento de Chico Rodrigues (DEM-RR) do mandato por 90 dias. A informação é da coluna Painel, no jornal Folha de São Paulo. O senador deixou a vice-liderança do governo na Casa após ter sido flagrado com dinheiro na cueca em operação da Polícia Federal (PF).

Alguns senadores vêm discutindo a ação e até a possibilidade de barrar o afastamento de Chico. Pessoas próximas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), dizem que o próprio parlamentar avalia questionar ao STF a decisão de Barroso.

Integrante do Conselho de Ética do Senado, Ângelo Coronel (PSD-BA) questionou: “Foi uma ação afoita [do Barroso]. Não pode tomar decisão assim. E o direito ao contraditório? Mesmo num caso midiático como esse, não pode ser assim”.

Já Esperidao Amin (PP-SC) disse: “O caso pode ser, digamos, bizarro, mas é contra a democracia quem acha que decisão monocrática pode afastar mandato popular”. Tal ala de parlamentares defende que Chico deve primeiro ser ouvido para depois, em caso de acusações consistentes, ser afastado em processo de cassação sem influência do STF.

Segundo a coluna, outros quatro senadores do Conselho de Ética se mostraram contra a decisão do ministro Barroso. O Conselho tem 15 titulares (um deles era justamente Chico Rodrigues).

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