O rombo nas contas da Previdência atingiu R$ 318,4 bilhões no ano passado. O número é o maior registrado nos últimos anos. Os dados são do Tesouro Nacional e foram publicados pela Folha de São Paulo nesta quinta-feira (30). O déficit previdenciário da união cresceu cerca de 10% em 2019, em relação ao ano anterior. Em 2018, a diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta nessa área havia ficado negativa em R$ 289 bilhões, já em 2017 foram R$ 270,3 bilhões.

Diminuir o déficit da previdência foi um dos principais objetivos da equipe do ministro da economia, Paulo Guedes, durante o primeiro ano de gestão. Segundo o governo, a proposta de reforma da previdência, que foi aprovada no ano passado, é uma das saídas para reduzir o rombo, e os efeitos nas deste ano ainda serão pequenos.

Os resultados do Regime Geral de Previdência Social, que atende ao setor privado, e os regimes de servidores públicos e militares, assim como o Fundo Constitucional do Distrito Federal, também foram dados divulgados pelo Tesouro.

A proposta para mudar regras de aposentadoria do setor privado e de servidores públicos acabou aprovada pelo Congresso com um impacto de aproximadamente R$ 800 bilhões. Uma economia de mais de R$ 1 trilhão em dez anos. Apesar da redução, o valor da economia foi considerado alto pelo governo.

No ano passado as aposentadorias do setor privado responderam pela maior parte do déficit, com R$ 213,3 bilhão. No caso dos servidores públicos, o rombo foi de R$ 53,1 milhões. O Fundo Constitucional do Distrito Federal ficou com um prejuízo de R$ 5 bilhões.

A categoria do militares passou por mudanças no sistema previdenciário, mas, como contrapartida, foi beneficiada com um plano de reestruturação de carreira e ampliação de remuneração. O rombo do sistema dos militares, foi de R$ 47 bilhões.