O governo Federal deverá ter dificuldades não só para aprovar projetos no Congresso em relação a reformulação do Bolsa Família, mas também para bancar esse novo programa, intitulado “Renda Brasil”, que exigirá um amplo remanejamento de verbas do setor social do Orçamento. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta quinta-feira (9).

Segundo a publicação, a ideia do Ministério da Economia é usar o dinheiro do abono salarial, seguro defeso (auxílio pago aos pescadores artesanais) e outras ações sociais e de assistência e juntar em um único programa. A previsão era que este novo programa iniciaria já no segundo semestre deste ano.

Dos R$ 20 bilhões referentes ao abono salarial, mais de R$ 14 bilhões já foram desembolsados. Esse benefício é uma espécie de 14º salário que o governo paga aqueles que receberam cerca de dois salários mínimos (R$ 2.090) em um contrato com carteira assinada.

De acordo com o jornal, alguns membros do governo e economistas destacam que as regras do abono salarial não podem ser alteradas repentinamente. O ministro da economia, Paulo Guedes, já tentou reduzir os custos com esse benefício, no entanto, a ideia foi rejeitada pelo Congresso.