O Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu investigar as agressões da embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro, a outros funcionários da embaixada em Brasília. A procuradora que comanda as investigações, Carolina Mercante, afirmou à Grande Angular que são 12 funcionários no local, sendo nove filipinos e três brasileiros.

“As imagens indicam que ela agredia verbalmente outros funcionários e que as agressões eram constantes”, afirmou Carolina Mercante. As gravações mostram tapas no rosto e puxões de orelha de Marichu Mauro em uma empregada doméstica filipina de 51 anos, que trabalhava na residência oficial da embaixadora e voltou ao país de origem no último dia 21 de outubro.

Na última segunda-feira (26) o governo das Filipinas ordenou o retorno da embaixadora após as agressões serem reveladas. O chefe da diplomacia filipina, Teddy Locsin Jr., disse que a embaixadora deve voltar para “explicar os maus-tratos com sua equipe de serviços gerais”.

Marichu Mauro, que é embaixadora das Filipinas no Brasil desde abril de 2018, tem imunidade diplomática. Por isso, só pode ser investigada criminalmente pelo seu país. Mas a embaixada pode sofrer ações judiciais por conta das denúncias.

Carolina Mercante afirmou que as investigações seguem, apesar das envolvidas estarem fora do Brasil. “Queremos saber quais são as condições de trabalho dos funcionários da embaixada. Vamos continuar apurando. Não se pode admitir que dentro do nosso país haja graves violações de direitos humanos e pessoas submetidas ao trabalho degradante”, pontuou a procuradora.

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