A variante Delta do coronavírus poderá ser responsável por 90% dos casos de covid-19 até o fim de agosto, na Europa, segundo o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). O alerta foi emitido em comunicado, nesta quarta-feira (14), pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

As duas instituições ressaltam que a vacinação continua a ser uma das melhores medidas de proteção contra a doença. Apesar disso, também alertam para a maior transmissibilidade da variante delta, estimada em 40% a 60% superior à anterior variante alpha.

“A variante delta (B.1.617.2) é uma variante de preocupação que se está a espalhar rapidamente na Europa e que pode dificultar seriamente os esforços para controlar a pandemia”, apontam as agências. Segundo elas, esta mutação do vírus “pode estar associada a um maior risco de hospitalização”.

O ECDC ainda reiterou a importância de que os países acelerem os programas de vacinação. No Brasil, o governador Belivaldo Chagas (PSD) e outros chefes dos Executivos estaduais se reuniram com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para cobrar a aceleração da imunização contra a doença.

Os órgãos europeus ainda frisaram dados preliminares de estudos já realizados que apontam a toma das duas doses das vacinas da Pfizer/BioNTech, AstraZeneca ou Moderna como necessária para a obtenção de uma “proteção adequada” em relação à variante delta.

Segundo a EMA e o ECDC, as estratégias de vacinação podem ser adaptadas pelos países diante de suas circunstâncias, ao nível do “intervalo entre a primeira e a segunda dose, com base na situação epidemiológica e na circulação de variantes, e na evolução das provas sobre a eficácia da vacina contra variantes”.

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