Economia


Crise fecha dois restaurantes tradicionais de Aracaju; empresários cobram mais auxílio do governo para o setor


Publicado 16 de abril de 2021 às 16:00     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / @Orenatão

Os restaurantes ‘Cariri’, na Orla de Atalaia, e ‘O Renatão’, no bairro Augusto Franco, ambos na Zona Sul de Aracaju, vão paralisar as atividades por conta da crise enfrentada na nova onda da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Os donos dos estabelecimentos dizem que com as restrições impostas pelo governo fica difícil manter o negócio.

Aberto há 38 anos, a direção do ‘Renatão’, informou aos clientes, via redes sociais, que a partir de 1º de maio fará uma ‘pausa’. “A empresa agradece a parceria junto aos clientes e espera dos governantes a sensibilização necessária para implantação de políticas públicas para micro e empresas de pequeno porte, eficazes no gerenciamento da crise”.

Já o empresário Hamilton do Cariri, do tradicional restaurante temático da Orla, está a frente do negócio há 21 anos e lamenta a decisão de fechar as portas a partir do próximo dia 20. “Foi muito difícil chegar a esse momento porque muitos precisam dos empregos. Mas eu não tenho mais dinheiro para honrar com o salário”, disse.

Ele também desabafa sobre o tratamento diferenciado dado pelos gestores públicos para a crise no setor de bares e restaurantes. Eu mesmo nunca entendi o porquê de a gente não poder funcionar seguindo as normas de saúde direitinho, com o uso de máscara e distanciamento. Enquanto isso, desde o começo da pandemia a gente vê ônibus e terminais lotados.”

Em março, o governo do estado anunciou um pacote de medidas para o setor, inseridos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) 5611-2, 5612-1 e 5620-1, que prorroga por 90 dias o pagamento do ICMS Normal dos meses de março, abril e maio de 2021, podendo ser parcelado em 18 meses.

Além disso, Projeto de Lei que suspende dívidas do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) foi aprovado na sessão mista da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), da quarta-feira (31).

Mesmo com as medidas, donos de bares e restaurantes alegam dificuldades para manter o comércio em meio ao toque de recolher, anunciado pelo governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), em 17 de março, que proíbe o funcionamento com presença de público aos finais de semana, mas apenas na forma delivery. Além disso, o fechamento dos estabelecimentos durante a semana acontece até as 21h, de acordo com a última atualização do decreto estadual.

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