O Governo Federal quer permitir que empresas doem recursos a famílias carentes em nome do programa Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o Ministério da Cidadania quer dar às companhias que adotarem a iniciativa o “Selo Cidadania”, sem incentivos ou subsídios.

A proposta confirmada pelo Estadão foi enviada ao Ministério da Economia no dia 13 de agosto. O documento obtido pelo jornal diz: “No eixo de envolvimento do setor privado, o programa busca o apoio de particulares e empresas que possam ajudar os brasileiros em situação de vulnerabilidade para que alcancem a verdadeira cidadania”.

Segundo a reportagem, com tecnologias de inteligência artificial, a ideia é permitir que a empresa escolha doar para famílias de determinado perfil ou localidade, sem revelar dados dos beneficiados. Uma fonte da área econômica confirmou ao Estadão que tal proposta pode sofrer ajustes após os comentários públicos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o Renda Brasil.

O documento traz uma ilustração da proposta do Renda Brasil, em quatro eixos: primeira infância, renda cidadã, prêmios por méritos e emancipação cidadã. Neste último, seria prevista a criação da Carteira Verde e Amarela Digital (que barateia os custos de contratações para empresas), capitalização (aposentadoria em que cada trabalhador tem a própria poupança) e seguro-desemprego privado, ainda sem definição.

O Estadão traz ainda que o documento, no eixo da primeira infância, daria um auxílio às famílias com crianças de 0 a 2 anos, além do programa Criança Feliz, que ajudaria famílias com crianças de 0 a 6 anos. No eixo da renda cidadã, há o benefício cidadania, além de condicionalidades de educação e de saúde, e um benefício à primeira infância. Por fim, no eixo de prêmios por méritos, há a previsão de incentivos à iniciação científica e um bônus por bom desempenho escolar ou esportivo.

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