Política


Emília Corrêa revela que apoiar Rodrigo Valadares foi decisão do Patriota: “meu voto foi vencido”


Publicado 23 de novembro de 2020 às 14:00     Por Fernanda Sales     Foto Gilton Rosas/Câmara Municipal de Aracaju

Após declarar que ficará “neutra” e não irá apoiar nem o atual prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) e nem a delegada Danielle Garcia (Cidadania) neste segundo turno para a disputa à prefeitura de Aracaju, a vereadora reeleita Emília Corrêa (Patriota) afirmou que a decisão de apoiar Rodrigo Valadares (PTB) como candidato à prefeito no primeiro turno das eleições foi da maioria do Patriota, e que, “meu voto, inclusive, foi vencido”. A declaração foi feita durante entrevista na manhã desta segunda-feira (23), na Rádio Jornal.

“Eu apoiei o Rodrigo, que foi uma decisão, inclusive, partidária, colocada em votação para saber quem nós iríamos apoiar depois de todo um contexto anterior. Resultado, nessa reunião, o nome, por maioria, que foi escolhido para o Patriota apoiar foi o nome de Rodrigo. E o meu voto, inclusive, foi vencido. Olha só?! Mas respeitando a democracia, a maioria, nós seguimos juntos”, contou a segunda vereadora mais votada nessas eleições municipais.

Durante a entrevista, a patriota afirmou que seria “incoerente”, neste segundo turno, “tomar qualquer tipo de lado”. “O Edvaldo, eu fiz oposição e faço oposição os quatro anos [do seu mandato]. Uma oposição forte, que cobrei, que mostrei, todo o tempo a oposição foi firme e clara, como até hoje”, enfatizou.

Sobre não apoiar Danielle, a vereadora ressaltou que não tem nada contra ela, apenas seguiram caminhos diferentes politicamente. “Quero dizer que não tenho absolutamente nada contra ela, de forma alguma. Desejo muito boa sorte para ela nesse momento, mas politicamente falando, vai ficar muito obscuro, ou duvidoso. Nós seguimos caminhos diferentes politicamente, mas não existe inimizade entre nós, são apenas posicionamentos políticos”.

Para a vereadora, escolher a neutralidade é um direito seu. “Tenho o direito de escolher a neutralidade, porque, na verdade, tem gente que pensa que é dono dos outros, da posição do outros. A neutralidade, muitas vezes, tem gente que coloca como ‘em cima do muro’, mas não é. É uma posição mais ousada. Muitos mudam de posição atraídos por alguma coisa, mas não tem nada nem oferta nenhuma, é apenas um posicionamento, não vai me ajudar, vai até dificultar minha trajetória em 2021 na Câmara, mas isso é uma democracia, fico neutra porque entendo que é a minha coerência. Tô muito tranquila com isso”, finalizou.

Na corrida eleitoral, a patriota ficou ao lado do candidato Rodrigo Valadares (PTB), terceiro colocado com 28.598 votos válido, tendo 10,89% da preferência do eleitorado. Antes de anunciar apoio ao petebista, Emília chegou a dialogar com o Cidadania e com o senador Alessandro Vieira, para um suposto apoio a chapa de Danielle.

Edvaldo e Danielle disputam o segundo turno no próximo domingo (29).

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