Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comparar o Maranhão à crise na Venezuela após bloqueio máximo das atividades por causa do aumento do número de casos de covid-19, o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou que o presidente finge estar preocupado com o desemprego e “comemora” 10 mil mortos, neste domingo (10).

Bolsonaro publicou em suas redes sociais, um vídeo de pouco mais de um minuto que mostra a abordagem de um policial militar do Maranhão dentro de um ônibus, em que ele exige declaração de trabalho essencial para que os passageiros possam prosseguir viagem. A data da gravação não está especificada na publicação.

“‘Documento e declaração de que vai trabalhar'”… Se não tem desce. Assim o povo está sendo tratado e governador pelo PCdoB/MA e situações semelhantes em mais estados. O chefe de família deve ficar em casa passando fome com sua família. Milhões já sentem como é viver na Venezuela”, disse o presidente.

Após a publicação, Flávio Dino fez uma publicação no Twitter afirmando que Bolsonaro iniciou o domingo tentando sabotar as medidas sanitárias para contenção da covid-19.

“Bolsonaro inicia o domingo me agredindo e tentando sabotar medidas sanitárias determinadas pelo Judiciário e executadas pelo Governo. E finge estar preocupado com o desemprego. Deveria então fazer algo de útil e não ficar passeando de jet ski para “comemorar” 10.000 mortos”, declarou Dino.

Ainda em outra publicação, o governador disse que o presidente se preocupou com a restrição de atividades não essenciais no Maranhão porque o “seu atual cotidiano nada tem de essencial para a nossa Nação”.

“Se Bolsonaro morasse em São Luís, não teria como se deslocar para apoiar coronavírus, passear de jet ski e fazer números de “humor”. Por isso ele se preocupou com a restrição a atividades não essenciais. Afinal, o seu atual cotidiano nada tem de essencial para a nossa Nação”, publicou o governador.

O bloqueio máximo das atividades nas cidades de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar, foi determinado no último dia 30 de abril. De acordo com o decreto, todas as atividades não essenciais à manutenção da vida e da saúde estão proibidas por dez dias, entre 5 e 15 de maio. Atualmente o estado tem 6.765 pessoas infectadas e 355 mortes.

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