O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta sexta-feira (8), em reunião com o líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) que irá apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na eleição da Casa. Rodrigo é apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A informação é do jornal Folha de São Paulo.

Inicialmente, a liderança do governo no Senado havia indicado neutralidade. Porém, agora irá apoiar o candidato de Alcolumbre, que vem sendo ativo na eleição e está ajudando diretamente Pacheco. Segundo a Folha, inclusive, ele chegou a ser levado a um almoço com Bolsonaro no Palácio do Alvorada, em Brasília.

Na reunião desta sexta (8), Bezerra Coelho informou a Bolsonaro que a bancada do MDB estava insatisfeita com a postura de Bolsonaro. O presidente inicialmente havia declarado neutralidade, mas estava sendo leninente com Alcolumbre e Pacheco.

Fontes da bancada do MDB confirmaram que Jair Bolsonaro “afirmou claramente” para Fernando Bezerra Coelho que Rodrigo Pacheco era seu candidato. Apesar de ter Bezerra ter tentado argumentar, Bolsonaro ressaltou que não mudaria sua posição. Com isso, Bezerra, que era pré-candidato pelo MDB, fica praticamente fora da disputa.

Outros pré-candidatos, como o líder do MDB, Eduardo Braga (AM); e a presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), que é considerada mais independente. Braga, inclusive, pode ter entrada com partidos de esquerda, como o PT. Neste caso, a intermediação se deu após uma reunião de Alcolumbre com Rogério Carvalho (PT-SE), líder do partido no Senado.

Oficialmente, Pacheco agora tem o apoio de quatro bancadas, que somam 22 senadores. Para vencer a disputa no Senado, são necessários aos menos 41 votos.

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