Política


Bolsonaro monta roteiro para inauguração de obras iniciadas no governo Lula, Dilma e Temer


Publicado 30 de agosto de 2020 às 10:23     Por Eduardo Costa     Foto Marcos Corrêa/Presidente da República

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preparou um cronograma de inaugurações de obras de infraestrutura no segundo semestre. Mas das 33 obras que ele pretende inaugurar, 25 foram planejadas nos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT), duas foram executadas por Michel Temer (MDB) e apenas seis pelo atual governo. A informação é do jornal Folha de São Paulo.

Mais da metade destas obras são rodoviárias, com 18. Mas destas, apenas uma foi conduzida em 100% pelo atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (a ponte sobre o rio Paranaíba, na BR-235, entre Maranhão e Piauí). As outas, segundo a Folha, fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo PT em 2007.

Algumas destas obras são tratadas pelo governo Bolsonaro como próprias. Por isso, o presidente tem viajado pelo país para realizar as inaugurações. O cronograma, de acordo com o jornal, foi encomendado pelo Planalto para melhorar a imagem do presidente. A publicação também lembra que, em outubro de 2019, o ministro Tarcísio Gomes defendeu a iniciativa de entregar obras que começaram em outras gestões.

Em relação às obras aquaviárias, todas as cinco planejadas foram iniciadas em 2014. Bolsonaro já informou que, mesmo com a pandemia, pretende visitar ao menos dois estados por semana. Mas segundo a Folha, isso tem gerado incômodo entre alguns governadores, pela inauguração de obras que não foram tocadas pelo presidente.

Entre as seis reformas iniciadas pelo governo Bolsonaro, cinco são do setor aéreo. São elas: a reforma na pista principal do aeroporto de Congonhas, e as obras nos aeroportos de Foz do Iguaçu (PR), Santarém (PA), Navegantes (SC) e Santa Maria (RS).

Procurado pela Folha, o Ministério da Infraestrutura se manifestou: “O planejamento da infraestrutura nacional é, essencialmente, uma política de longo prazo e, por isso, a atual gestão escolheu como um dos pilares de sua atuação a concentração de recursos para a conclusão de obras em andamento ou paralisadas antes de abrir novas frentes”.​

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