O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, podem estar entrando em nova divergência. O chefe do Executivo Nacional deu sinal verde para criar um novo concurso da Polícia Federal (PF) com 2.000 vagas, e indicou que deve fazer o mesmo com a Polícia Rodoviária Federal, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo. A atitude vai contra o ministro da Economia, que defende uma contenção de gastos.

Porém, como lembra a coluna, o processo também gera uma polêmica jurídica. Isso porque um parecer interno do ministério da Economia proíbe contratações pela lei que congelou reajustes dos servidores até o fim de 2021, com exceção para cargos que ficaram vagos após maio.

Mas o Ministério da Justiça, segundo a Folha, entende que tal parecer é equivocado e deve ser refeito. Assim, todos os cargos vagos poderiam ser preenchidos. Na última semana, foram realizadas reuniões entre dirigentes da Polícia Federal e integrantes do Ministério da Economia.

Segundo a PF, as contratações demoram e só poderão ser feitas de qualquer forma após o prazo da lei, e sem o concurso, o quadro dos servidores seria o menor em 15 anos. Mas como destaca o jornal, esse entendimento poderia abrir precedentes para outros, o que gera preocupação em Paulo Guedes e no Ministério da Economia.

Leia mais:
Após críticas de Bolsonaro, Guedes brinca que há um “complô” para tirá-lo do Ministério da Economia
Bolsonaro suspende discussões sobre o programa Renda Brasil até novos ajustes
Guedes não vai a lançamento do Casa Verde e Amarela e expõe racha no governo, diz site