Política


Guedes não vai a lançamento do Casa Verde e Amarela e expõe racha no governo, diz site


Publicado 26 de agosto de 2020 às 11:46     Por Eduardo Costa     Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve ausente do evento de lançamento do programa “Casa Verde e Amarela” do Governo Federal, no Salão Nobre do Palácio do Planalto. O programa foi criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) junto ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Segundo o portal UOL, Rogério é antagonista de Guedes, o que expõe um racha no governo.

Ainda de acordo com o portal, ministros próximos a Bolsonaro têm percebido a insatisfação de Guedes pelas divergências com Marinho. No evento da última terça-feira (25), inclusive, Bolsonaro se referiu a Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, de “PG2” (ele e Paulo Guedes tem as mesmas iniciais).

O Senado aprovou no mesmo dia um convite para que Guedes explique a frase de que os senadores cometeram um crime ao derrubarem o veto do presidente ao reajuste dos servidores, que depois viria a ser aprovado na Câmara. Com mais um desgaste, segundo o UOL, auxiliares do presidente avaliam em conversas que o ministro da Economia pode ser substituído.

O nome mais ventilado internamente é o de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, que nega qualquer possibilidade. De acordo com a reportagem, no entorno do presidente existe um debate pela mudança. A avaliação é que, dependendo do nome que seja colocado no lugar de Guedes, não haveria um grande abalo no mercado financeiro.

Porém, a mudança esbarra em algumas dificuldades. Segundo fontes relataram ao UOL, além de Campos Neto e Guedes possuírem agendas semelhantes e estarem economicamente alinhados, o presidente Bolsonaro gosta do atual ministro da Economia. Por isso, ele não pensa inicialmente em abrir mão dele.

Paulo Guedes e Rogério Marinho irão se encontrar com o presidente nesta quarta-feira (26), como relatado pelo UOL, para discutirem a extensão do auxílio emergencial e novas medidas do governo. O lançamento do Renda Brasil, por exemplo, foi adiado.

Uma das ideias da reunião é fechar o Projeto de Lei que remaneja cerca de R$ 5 bilhões aos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura, além de destinar demandas do Congresso com estes valores.

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