Após mais de quatro meses de pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil e diversas promessas por parte do Ministério da Saúde em realizar testagem em massa da população para conter o avanço do vírus, o país só atingiu 20% da capacidade de exames que estavam previstas para o período de pico da doença. As informações foram publicadas pelo jornal Estadão, nesta segunda-feira (13).

Segundo a publicação, além disso, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) também tem entregado kits incompletos, sem um dos reagentes que são essenciais para realizar os testes. A pasta alega que iniciou a compra de 15 milhões de unidades do reagente, no entanto, argumenta que a escassez global de insumos é o que dificulta a ampliação do diagnóstico.

Em pelo menos três ocasiões, o Ministério da Saúde afirmou que ampliaria a testagem para tentar conter a pandemia. No último anúncio, em maio, a pasta informou que a previsão era realizar 24,2 milhões de testes ainda este ano. No entanto, até o momento, o Ministério disse que distribuiu 4,4 milhões aos Estados, porém somente 1,2 milhão de exames foram feitos no país (4,9%).

O principal motivo que atrapalha a ampliação da testagem é a falta de um insumo que é utilizado na primeira fase do processo do exame. Nela, é usado um reagente para extrair o RNA da covid-19. Por não ser fabricado em escala industrial no país, a maior parte desse produto é importada.