O advogado Alberto Carlos Dias se retratou através de um comunicado, nesta quarta-feira (22), após divulgar uma nota de apoio ao desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, da cidade de Santos, em São Paulo, publicada no Facebook, nesta terça-feira (21). O advogado é presidente da Comissão de Direito dos Refugiados e Migrantes da subseção de Santo André, em São Paulo, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). As informações foram publicadas pelo Uol.

Em nota, Alberto Carlos afirma que a imprensa foi “sensacionalista” com o caso do desembargador, que rasgou e jogou fora uma multa por caminhar pela cidade sem máscara. No entanto, um decreto municipal determina o uso obrigatório de máscaras em vias públicas para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Na nota desta terça, o advogado defende a maneira como o desembargador agiu. “Antes de tudo, trata-se de uma pessoa idosa que fora abordada de maneira abrupta (inclusive com abertura de portas), o que instintivamente provoca dois comportamentos imediatos: reação ou fuga”, acrescentou.

No entanto, o advogado se retratou sobre o posicionamento na nota anterior e afirmou que a nota não tem nada a ver com a OAB-SP. “A opinião lançada é de caráter personalíssimo e não expressa de nenhuma maneira a opinião da OAB-SP, subseção Santo André. Muito embora, a nota de apoio divulgada no Facebook, não tenha ostentado a logomarca da OAB/SP, subseção Santo André, algumas pessoas imbuídas de má-fé, utilizaram do texto para atribuir a opinião por mim exclusivamente exarada à referida casa democrática, causando-lhes dissabores injustificados”.

Alberto Carlos ainda completou dizendo: “Sou humano e consciente, o suficiente, para reconhecer onde errei e me excedi, por isso lamento pelo equívoco cometido e destacando na presente nota de retratação, meu sincero e humilde pedido de desculpas à OAB-SP, subseção de Santo André”, completou.

A presidente da OAB de Santo André, Andréa Tartuce, disse em nota que repudia o posicionamento do presidente da comissão em questão. De acordo com o texto, o advogado será revogado do cargo na subseção “por descumprimento ao Regimento Interno”.

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