Economia


Aumento médio da conta de luz deve chegar a 14,5% em todo o país; alta no Nordeste estima 17,6%


Publicado 08 de fevereiro de 2021 às 12:23     Por Agência Brasil     Foto Arquivo / Agência Brasil

Em 2021, as contas residenciais de energia deverão ter um aumento médio de 14,5% em todo o país. No Nordeste, o valor médio estimado para o aumento é 17,6%. A projeção, divulgada pelo jornal Extra, foi feita pela TR Soluções por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (Sete), que considera dados de todas as 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias.

As companhias que fornecem energia elétrica às residências foram muito impactadas pela pandemia da covid-19. Isso porque o isolamento social gerou uma diminuição drástica do consumo de energia pelos setores de comércio, serviço e indústria.

A perda de receita devido a pandemia chega ao valor de R$ 15,3 bilhões, segundo o jornal. Com o objetivo de socorrer as distribuidoras e suavizar o aumento da conta de luz, o governo federal criou a conta Covid. “A medida permite que o aumento da tarifa que ficaria concentrado em dois anos seja diluído por cinco. Foi a forma encontrada para que os consumidores não sintam tanto o impacto”, diz ao Extra, o presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa.

De acordo com técnicos ouvidos na reportagem, a dívida será remetida aos consumidores porque energia é um bem essencial e, se houvesse falência generalizada das empresas, o país ficaria às escuras, com impactos sociais e econômicos devastadores.

Além disso, para o cálculo do reajuste anual deste ano o maior aumento esperado é na parcela que corresponde ao serviço de distribuição de energia elétrica, com alta de 15,5%, representando 4,5 pontos percentuais da alta média. Esse aumento do custo do serviço de distribuição é fortemente pressionado pelo IGP-M, que ficou em 23,14% no ano passado. Nesse sentido, vale observar que uma parte das distribuidoras têm suas receitas reajustadas pelo IGP-M e a outra parte pelo IPCA (que fechou o ano em 4,52%).

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