Justiça


Coletivo organiza abaixo assinado para afastar juíza que impediu aborto em criança de 11 anos


Publicado 21 de junho de 2022 às 17:30     Por Quesia Cerqueira     Foto Reprodução / Solon Soares/Assembleia Legislativa de Santa Catarina

Após a repercussão do caso da juíza Joana Ribeiro Zimmer que interferiu que criança de 11 anos tivesse pedido de aborto concedido, coletivo de mulheres organizaram abaixo assinado pedindo afastamento da juíza devido a reportagem feita nessa segunda-feira (20), pelo site The Intercept, denunciado a ações da magistrada.

Segundo o coletivo Juntas, responsável por recolher as assinaturas do abaixo assinado pelo afastamento de Zimmer, a juíza não cumpre o seu dever profissional e coloca em risco a vida de uma criança grávida vítima de estupro. Forçando a menina a seguir com uma gravidez que a coloca em risco de vida. Em exercício de sua função, a juíza induziu a criança a permanecer com o feto, negando o direito legal ao aborto seguro. 

A reportagem mostra as inúmeras violências que a criança sofreu neste caso, desde a negação do direito ao aborto seguro até a violência psicológica por parte da juíza e da promotora.

Ainda segundo o coletivo, a juíza tem atuado contra o estatuto da Magistratura e a Lei Mari Ferrer, que resguarda vítimas de violência no processo judicial.

Outros coletivos assinaram a petição para que o Conselho Nacional de Justiça afaste a juíza Joana Ribeiro. 

Ao The Intercept, a juíza disse que “não se manifestará sobre trechos da referida audiência, que foram vazados de forma criminosa”. A Corregedoria-Geral da Justiça de Santa Catarina vai apurar a conduta da juíza durante a audiência de aborto.

Saiba mais em: Juíza induz criança vítima de estupro a desistir de aborto em Santa Catarina



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