Em relatório aprovado por unanimidade, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decide encaminhar o caso da deputada Flordelis (PSD-RJ) ao Conselho de Ética. A parlamentar é acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019. Por conta do processo, a deputada pode ser seu mandato cassado.

A Mesa Diretora é formada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e mais seis integrantes titulares, além de quatro suplentes. Os deputados analisaram e aprovaram o parecer do corregedor da Câmara, Paulo Bengtson (PTB-PA), que recomendou o encaminhamento do processo ao colegiado.

De acordo com informações do G1, no relatório, Bengtson afirma que os fatos descritos na representação feita à Câmara pelo deputado Léo Motta (PSL-MG), em agosto, e no inquérito policial, “constituem indícios suficientes de irregularidades ou de infrações às normas de decoro e ética parlamentar”.

Desde o início do caso, Flordelis nega as acusações. E, por ter imunidade parlamentar, ela segue em liberdade, porém, tem sido monitorada por uma tornozeleira eletrônica desde o dia 8 de setembro.

Conselho de Ética parado
Apesar da decisão de prosseguimento ao processo, a análise no Conselho de Ética não será imediata, pois o colegiado está parado desde março devido à pandemia do coronavírus.

Segundo o G1, o presidente do Conselho de Ética, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), já apresentou projeto de resolução para tratar da autorização para o funcionamento remoto do colegiado. A sua votação, porém, depende ainda de um acordo entre os líderes partidários.

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