Política


Defesa de Lula diz que não usará mensagens hackeadas para provar parcialidade de Moro


Publicado 10 de fevereiro de 2021 às 14:00     Por Fernanda Sales     Foto José Cruz / Agência Brasil

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não utilizar as mensagens de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato na ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que acusa o ex-juiz federal Sergio Moro de parcialidade. As informações foram divulgadas pelo Uol nesta quarta-feira (10).

“Nossa avaliação, neste momento, é que já existe prova mais do que suficiente nos autos para o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e que o julgamento, iniciado em 2018, deveria ser retomado o mais breve possível, sem a necessidade de novas discussões”, disse ao site o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula.

Nesta terça-feira (9), a Segunda Turma do STF confirmou uma decisão provisória do ministro Ricardo Lewandowski, que liberou o acesso da defesa de Lula às mensagens. A Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro não reconhecem a veracidade das mensagens.

Segundo a publicação, o advogado do ex-presidente afirmou ainda que as mensagens, obtidas através de um ataque hacker e alvo da Operação Spoofing, já são utilizadas pela defesa de Lula como prova em outros processos. “E certamente elas irão reforçar a nulidade dos processos e a inocência do ex-presidente Lula em relação às acusações feitas pela extinta Lava Jato”, disse. Caso as mensagens fossem utilizadas pela defesa no julgamento que pede a suspeição de Moro, a análise do caso poderia levar mais tempo.

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