Política


Operação Esquema S investiga pagamentos de R$ 2,6 milhões da Fecomércio a Wassef


Publicado 09 de setembro de 2020 às 12:43     Por Eduardo Costa     Foto Reprodução

Dentre as várias investigações, a Operação Esquema S apura o pagamento de R$ 2,6 milhões da Fecomércio ao ex-advogado da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Frederick Wassef. O pagamento teria sido feito por meio do escritório Eluf e Santos Sociedade de Advogados. A informação é do portal O Antagonista.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a contratação da empresa se deu a pedido do publicitário Marcelo Cazzo, sem o valor justificado. Em delação, o ex-presidente da Fecomércio, Orlando Diniz, afirma que Cazzo substituiu no esquema o responsável pela defesa do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins.

De acordo com a delação, a procuradora Luiza Eluf foi indicada a Marcelo Cazzo por “Ivan Guimarães, dono da empresa Corseque Security, com quem a Fecomércio também mantinha contrato”. Ivan Guimarães foi presidente do Banco Popular no primeiro mandato de Lula na presidência e, segundo Orlando Diniz, era próximo de Frederick Wassef. Ele já foi citado nos casos do Mensalão e do Petrolão.

“Guimarães era muito próximo de Frederick Wassef; que Ivan Guimarães tinha escritório em São Paulo, mas morava em Brasília; que Luiza Eluf indicou Frederick Wassef para tratar do objeto do contrato, atuando em nome do escritório dela; que essa informação só veio ao colaborador depois da reunião de contratação; que a contratação de Frederick Wassef foi feita pelo escritório de Luiza Eluf, não pela Fecomércio”, diz o MPF.

A investigação da Operação Esquema S acrescenta que Wassef frequentava a sede da Fecomércio no Rio de Janeiro, e que todos os contatos eram mediados por ele. Além disso, Wassef foi classificado como “muito instável” e sumia em alguns momentos. Ademais, Luiza Eluf sabia que os contratos diziam respeito ao Sesc e ao Senac, mas preferia receber dos cofres da Fecomércio.

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