Política


Bolsonaro sai em defesa da reforma trabalhista após PT apoiar revogação


Publicado 17 de janeiro de 2022 às 16:40     Por Redação AjuNews     Foto Wilson Dias/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a reforma trabalhista aprovada no governo Michel Temer (MDB) há quatro anos. A declaração foi feita, nesta segunda-feira (17), em entrevista à Rádio Viva FM de Vitória (ES), dias após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lideranças do PT saírem em defesa da revogação desta e de outras medidas, como o teto de gastos.

“O governo Temer fez uma pequena reforma trabalhista. Não tirou direito de nenhum trabalhador. Mente quem fala que a reforma trabalhista do Temer retirou direito de trabalhador, até porque os direitos estão lá no art. 7º da nossa Constituição, não podem ser alterados”, afirmou Bolsonaro.

“Essa reforma foi uma flexibilização, deu um impulso no governo Temer. Tanto é que tivemos já um saldo positivo [na geração de empregos] no governo Temer”, continuou o mandatário.

Bolsonaro ainda declarou que houve um saldo positivo de empregos no primeiro ano de seu governo, em 2019. No entanto, segundo ele, a pandemia “lamentavelmente” prejudicou o avanço na geração de mais postos de trabalho. Sem especificar como, o chefe do Executivo federal disse ainda que a inflação vai baixar em 2022, após ter fechado o ano de 2021 com aumento de 10,06% – a maior taxa desde 2015, quando foi de 10,67%.

Reforma trabalhista
Aprovada há quatro anos, em novembro de 2017, a reforma trabalhista prometia multiplicar os empregos no Brasil. O objetivo era criar um ambiente mais seguro judicialmente e atrativo para as empresas. Porém, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra o contrário: depois de quatro anos, o total de desempregados subiu de 12,6 milhões, no fim daquele ano, para 13,2 milhões no terceiro trimestre de 2021.

Uma das principais inovações da legislação foi a permissão para que acordos entre sindicatos e empresas tenham força de lei. A valorização do negociado sobre o legislado passou a valer para deliberações relacionadas a jornadas de trabalho, por exemplo.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso