Saúde


Rodrigo Valadares, UFS Livre e Coronel Rocha se reúnem contra comprovante vacinal na Universidade


Publicado 24 de janeiro de 2022 às 15:03     Por Redação AjuNews     Foto Divulgação / UFS

O Movimento UFS Livre se reuniu com o Coronel Rocha e o deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB) para discutir sobre a exigência do comprovante de vacina contra covid-19 por parte da Universidade Federal de Sergipe. Atendendo uma liminar judicial, requerida pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), a universidade passará a exigir o comprovante a alunos, professores, técnicos e terceirizados.

O encontro ocorreu na sexta-feira (21), no gabinete do parlamentar. Ao debater sobre a situação, eles afirmaram que a imposição do passaporte vacinal determinado pela justiça não tem respaldo científico porque vacinados pela doença podem transmitir o vírus.

De acordo com o parlamentar, a reitoria poderia recorrer judicialmente contra a liminar ou até mesmo abrir um debate na comunidade acadêmica. Entretanto, a informação seria de que o reitor já desejava ter implantado o passaporte antes mesmo da medida ser determinada por lei, deixando-o mais confortável para aderir à imposição.

Segundo o deputado Rodrigo Valadares, ele não é contra a vacinação, mas sim contra a obrigatoriedade que vai de encontro à legislação. “Nós entendemos que a vacinação é muito importante, salva vidas e foi a partir dela que os hospitais desafogaram, mas temos que entender também que as pessoas têm a liberdade individual de escolher se desejam ou não serem vacinadas”, disse.

Segundo o parlamentar, a liberdade de escolha está inserida na Constituição Federal, artigo 5º, que trata da garantia e dos direitos e liberdades individuais. Além disso, o deputado ressalta que dessa forma estão tentando criar cidadãos de segunda categoria, separando os vacinados e não vacinados e fazendo ‘apartheid social’, o que é inconstitucional.

Controvérsias
O Movimento informou que chegou a questionar à reitoria da UFS sobre a entrada do público adverso que precisar visitar o Tribunal da Justiça de Sergipe (TJ-SE) e o Banco do Brasil, encontrados nas mediações da universidade, e foram informados de que, nessas dependências, não seria obrigatório apresentar o comprovante de vacinação. O mesmo ocorre no Hospital Universitário, seja no centro ambulatorial, na maternidade ou no atendimento clínico.

Para eles, há contradição na medida, tendo em vista que não se pode cobrar o comprovante a todas as pessoas que frequentarem os espaços pertencentes à universidade, relembrando ainda que a Constituição Federal afirma que a locomoção do cidadão é livre em todo território nacional, ou seja, o indivíduo pode frequentar espaços públicos de uso comum quando desejarem.

Medidas a serem tomadas
O grupo reunido comunicou que resolveu buscar medidas judiciais cabíveis urgentes para que a obrigatoriedade da apresentação do comprovante de vacinação contra a covid-19 não seja imposta na UFS.

O Movimento UFS Livre disse ainda que, nos próximos dias, pretende fazer uma carta aberta à sociedade, explicando todas as especificidades que abordam a situação vivenciada e o porquê a medida não deve ser aplicada.

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