Senadores e servidores do Senado Federal com mais de 65 anos serão dispensados do trabalho por causa da pandemia coronavírus. A decisão será oficializada por meio de atos que serão publicados nesta segunda-feira (16) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). As informações são do colunista do jornal Folha de São Paulo, Daniel Carvalho, publicadas no sábado (14).

A medida foi tomada depois que o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), 58, testou positivo para o vírus. Trad viajou para os Estados Unidos no fim de semana passado com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro, grupo no qual há outros dois casos confirmados de coronavírus. No Senado, vinte e seis dos 81 senadores tem 65 anos ou mais, o que representa um terço do total.Idosos são considerados grupo de risco para a covid-19.

Pelo ato que será publicado, estarão justificadas as ausências e as reuniões de comissões e sessões plenárias de senadores com idade superior a 65 anos, gestantes, imunodeprimidos ou portadores de doenças crônicas que compõem risco de aumento de mortalidade por covid-19. O documento também estabelece que pessoas credenciadas, como jornalistas e assessores, não terão mais acesso ao cafezinho dos senadores, anexo ao plenário do Senado. Na Casa circulam por dia uma média de 11 mil pessoas entre parlamentares visitantes, servidores, terceirizados, estagiários e menores aprendizes.

Quanto aos servidores da Casa, a medida aponta que trabalho será realizado de casa, conhecido como “Home Oficce”, além de ficarem desobrigados do registro eletrônico de frequência. Parlamentares pressionam Alcolumbre para adoção de medidas mais drásticas, como a suspensão temporária das atividades do Congresso.

O presidente, contudo tem sido cauteloso quanto a suspensão total dos trabalhos pois comprometeria a tramitação de projetos importantes da agenda econômica, como a PEC Emergencial, que prevê iniciativas para controlar gastos obrigatórios do governo federal, de estados e municípios.