Política


Bolsonaro diz que não pode haver ‘histeria’ em combate a coronavírus


Publicado 16 de março de 2020 às 09:01     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / CNN

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não se pode tratar a crise do coronavírus com “histeria” em entrevista à CNN Brasil, neste domingo (16). “Com toda certeza, muitos pegarão isso, independentemente dos cuidados que tomem. Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Devemos respeitar, tomar as medidas sanitárias cabíveis, mas não podemos entrar numa neurose, como se fosse o fim do mundo”, afirmou o presidente.

Bolsonaro retornou na semana passada de uma viagem aos EUA, na qual ao menos dez pessoas que integraram sua comitiva ou o acompanharam testaram positivo para o novo vírus. O presidente, no entanto, não contraiu a doença. Ele ainda reforçou que ações muito restritivas podem ter impacto na economia.

“Há certas medidas que vem sendo tomadas pelo governadores e eles têm autoridade de fazer isso aí. E nós temos que ver aí até que ponto essas medidas vêm afetar nossa economia que grande parte vem do povão. Quando você proíbe jogo de futebol, entre outras coisas, você está partido para o histerismo, no meu entender”, afirmou o presidente.

Ele acrescentou ainda que, em 2009, uma crise semelhante afetou o mundo. Mas, na ocasião, o PT governada o Brasil e o partido Democratas estava à frente dos EUA. Naquele ano, houve uma epidemia do vírus H1N1, que ficou conhecido como Gripe A.

“Pode ver no passado, em 2009 e 2010, tivemos uma crise semelhante, outro problema no mundo. Mas aqui no Brasil, era o PT que estava no governo e no Estados Unidos eram os Democratas e a reação não foi essa que está havendo e nem sequer perto dessa que está acontecendo hoje em dia no mundo todo”, afirmou.

Criticado pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Bolsonaro desafiou os dois parlamentares a ir às ruas para ver “como são recebidos”. Em seguida, disse que poderia ir ao Congresso para conversar com os dois ou recebê-los no Palácio da Alvorada.

“Gostaria que eles saíssem às ruas como eu. A resposta é essa. Prezado Davi Alcolumbre, prezado Rodrigo Maia, querem sair às ruas? Saiam às ruas e vejam como vocês são recebidos, tá certo?”.



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