O candidato a deputado estadual pelo Podemos, Coronel Adriano Reis, criticou a falta de atenção do governo de Sergipe à Saúde Mental de militares. Ele, que estava até pouco tempo à frente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise), lamentou o fato de que, por falta de assistência, 35 policiais tenham sido tirados das ruas, nos últimos 30 dias, por conta de sofrimentos psíquicos.

“A polícia carece urgentemente de uma atenção nessa área. Infelizmente esse comando, como o governo de Sergipe, não dá a mínima estrutura para que o efetivo atendimento psicossocial seja possível. Inclusive uma decisão judicial que associação conseguiu que esse serviço seja reestruturado, mas por enquanto ainda é precário o serviço oferecido”, afirmou Reis em entrevista à Rádio Jornal, nesta sexta-feira (12).

Ele cita ainda que parte do problema é devido a falta de direcionamento para profissionais especializados que integram a corporação. “Nós temos uma gama de profissionais capacitados, mas infelizmente o comando não dedica esse cuidado a nós militares. Em julho, 35 policiais foram afastados por não terem qualquer condição de segurar uma arma. Tivemos dois suicídios em 30 dias”, relata.

Reis ainda afirma que há mais de um ano existe um processo licitatório para a contratação de pessoal da área da Saúde. “Está lá parado. O governo federal disponibilizou verba, que está lá parada”. Outro problema citado pelo Coronel é a falta de estrutura física dos quarteis. “Estamos entregues às baratas. Se a casa do comandante-geral da PM está daquele jeito imagine a situação das outras unidades. Não é porque o governo está encerrando em dezembro que vai deixar os policiais entregues à própria sorte.”

Em abril deste ano, por exemplo, um incêndio foi registrado na sede do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, no Bairro Atalaia, Zona Sul de Aracaju. Oito policiais foram encaminhados ao Hospital Fernando Franco.