Política


Adir Machado descarta ingresso judicial após ser trocado por Valdevan Noventa na lista do PL


Publicado 17 de agosto de 2022 às 07:32     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / Redes Sociais

O advogado Adir Machado (PL) que teve o nome aprovado em convenção do partido para a disputa de uma das vagas da Câmara dos Deputados afirmou, nesta quarta-feira (17), que não pretender acionar à Justiça após sua vaga na lista enviada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE) ser ocupada pelo ex-deputado cassado Valdevan Noventa (PL). Machado, no entanto, disse que direção da sigla garantiu uma resolução do caso.

“Estou fora da lista. Todas as conversas internas das lideranças do PL informam que essa situação será solucionada. Essa promessa vem de Edvan Amorim, Valmir de Francisquinho, mas depende de um consenso. No caso de Valdevan precisa que ele compreenda sua própria condição jurídica”, disse Adir em entrevista à rádio Fan Fm.

Ainda segundo ele, uma vaga feminina na lista do PL estava reservada para a irmã de Valdevan, o que indicava que o ex-deputado não iria para o pleito deste ano. O acordo foi quebrado e Valdevan foi inserido entre os candidatos a deputado federal um dia após a convenção.

“Do ponto de vista jurídico ficou muito complicado. Na minha análise o único jeito seria questionar a convenção como um todo. Isso prejudicaria meus amigos, o próprio Valmir, Doutora Emília…algo que eu imediatamente afastei”, disse Machado ao completar que respeita a decisão do PL.

De acordo com o advogado, o partido havia solicitado um prazo para resolução da situação até o domingo (15), o que não aconteceu. “Agora me pediram até esta sexta (19) para resolver. Não havendo solução vou convocar uma coletiva e anunciar nosso rumo”.

Na última sexta-feira (12), as Polícias Civis de Sergipe e São Paulo cumpriram mandados de busca e apreensão em nove endereços espalhados pelos dois estados. Cinco deles possuem ligação com Valdevan.

A suspeita é que tenha sido movimentados cerca de R$20 milhões por ano em recursos provenientes de propina. Valdevan ainda é suspeito de enriquecimento político. Segundo a polícia, R$29 milhões do patrimônio dele provém de extorsão de trabalhadores e empresas durante sua atuação no sindicato.

Em 2020, o então parlamentar foi condenado pelo recebimento e por arrecadar recursos ilícitos e de origem não identificada. Em março de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a decisão, por unanimidade, cassando seu mandato na Câmara Federal. Até o momento, o PL não se manifestou sobre a situação de Noventa.

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