Política
Moraes prorroga término de inquérito contra fala de Bolsonaro sobre vacina
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu, nesta quarta-feira (31), prorrogar por mais 60 dias o inquérito que apura a conduta do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). O mandatário citou, durante sua live de quinta, uma reportagem da revista Exame, alterada duas vezes depois de citada, em que trazia a manchete de que “algumas vacinas contra a covid-19 podem aumentar o risco de HIV”.
Moraes atendeu uma pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que requereu tempo para a apuração logo após a Polícia Federal (PF) argumentar que o presidente cometeu incitação ao crime. Bolsonaro passou a ser investigado, em dezembro de 2021, após a CPI da Covid acionar o STF. A comissão acusou Bolsonaro de cometer “crimes de epidemia” e infração de medida sanitária. A live com a declaração do presidente foi tirada do ar.
No relatório enviado ao STF, a delegada da PF Lorena Lima Nascimento argumentou que a conduta de Bolsonaro levou os espectadores da live ao descumprimento de “normas sanitárias” estabelecidas pelo próprio governo, diminuindo a adesão à vacinação. Entre as medidas, a PF quer colher o depoimento de Bolsonaro, além de informações das redes sociais sobre a transmissão.
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