Política


Maria do Carmo destaca importância do programa Futuras Cientistas para o Brasil


Publicado 28 de setembro de 2022 às 12:05     Por Fernanda Sales     Foto Divulgação / Assessoria parlamentar

No Brasil, apenas 40% dos cientistas eram mulheres até 2020, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Autora de um projeto de lei no Senado Federal que estimula a presença feminina na ciência, a senadora por Sergipe Maria do Carmo Alves (PP) afirmou reconhecer os avanços conquistados no país, mas alertou que a pauta ainda carece de atenção, para tornar o campo científico mais igualitário para as brasileiras. Um dos esforços para mudar essa realidade para melhor, segundo a parlamentar, é o programa Futuras Cientistas, do Governo Federal, que tem o intuito de estimular o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

“Essa iniciativa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), que agora chega a todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal, é um passo crucial na promoção de maior presença feminina no campo científico, o que irá contribuir muito para a equidade de gênero no mercado de trabalho. O Brasil é assolado por uma desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres tremenda, e o Futuras Cientistas é um instrumento poderoso para sua redução”, afirmou Maria. Ao todo, são 470 vagas para professoras de escolas públicas e alunas do segundo ano do ensino médio da rede pública de ensino, que, nas próximas férias de verão, participarão de uma imersão científica em universidades e institutos tecnológicos e de pesquisa.

Para a senadora, o programa acerta ao se voltar para as estudantes de ensino médio, uma vez que se trata da última etapa da educação básica e é o momento no qual os alunos decidem qual direção profissional pretendem seguir. E, segundo ela, é justamente nessa fase que as meninas devem entender que podem estar, também, na ciência, independente do campo. “No Brasil, ciência, tecnologia, engenharia e matemática são áreas em que a desigualdade de gênero entre os pesquisadores é acentuada em demasia. É um ambiente dominado sobretudo por homens, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A mulher precisa lidar tanto com o trabalho científico quanto com um ambiente extremamente masculino”, explicou a senadora.

As inscrições para o programa Futuras Cientistas vão até o dia 10 de outubro. Mais informações sobre a iniciativa podem ser acessadas no site do Governo Federal (www.gov.br). São 24 vagas para o Estado de Sergipe, distribuídas em três planos de trabalho, a serem executados no Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). Serão 15 vagas para alunas e 8 para professoras. “É satisfatório ver que além de contribuir para o avanço do Estado de Sergipe como um todo, o SergipeTec também é protagonista na inserção de mais mulheres na ciência”, afirmou Maria do Carmo Alves.

A presença feminina na ciência é uma pauta de atenção da parlamentar no Senado Federal. Maria criou o Projeto de Lei no Senado (PLS) 398/2018, que torna política de Estado o incentivo à participação da mulher nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, adicionando o estímulo à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB – Lei 9.394/1996) e à Lei de Inovação Tecnológica (Lei 10.973, de 2004). A proposta foi aprovada em 2021 no Senado e está em análise na Câmara dos Deputados.

Com informações da assessoria.



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