O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do seu partido, Valdemar da Costa Neto, entraram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que pedem a anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 no segundo turno das eleições de 2022. O total de equipamentos soma 352.125. No documento, eles alegam que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nesses modelos.

Eles apontam que o problema estaria em arquivos de identificação de urnas, chamados ‘logs de urna’. “Todas as urnas dos modelos de fabricação UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 apontaram um número idêntico de LOG, quando, na verdade, deveriam apresentar um número individualizado de identificação. Nos arquivos que não contêm o código de identificação da urna eletrônica correto, é impossível correlacionar, univocamente, os dados ali registrados com os eventos realmente ocorridos no mundo fático, sejam eles votos ou intervenções humanas”, diz o documento.

Ainda na representação, apenas o modelo UE2020 geraram arquivos LOG com o número correto de identificação, o que abrange 224.999 urnas, cerca de 40% das utilizadas no pleito deste ano. A anulação dos votos dos modelos citados e manutenção destas garantiriam a reeleição de Bolsonaro. O documento, no entanto, não cita impacto nas eleições proporcionais nem para governador e senador.

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