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Empresário afirma ter ocultado cadáver de jovem de 16 anos, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo


Publicado 29 de agosto de 2024 às 15:58     Por Rita     Foto Rita

 

O empresário investigado pela morte da adolescente Giovana Pereira, disse ter conhecido a jovem por meio de um aplicativo de relacionamento.

O que aconteceu? 

Gleison Luís Menegildo, 45, contou que ele e Giovana se conheceram há 15 meses, por meio de uma plataforma online. Na época, o empresário e a menina, de 16 anos, marcaram um encontro presencial, saíram juntos e continuaram mantendo contato, até que ela teria pedido um emprego a ele, segundo o investigador do caso, Ericson Salles, disse em entrevista à TV TEM.

Empresário pediu que a jovem levasse o currículo para ele “analisar”. Conforme o delegado, foi nessa ocasião que Gleison voltou a encontrar Giovana, na sede da empresa.

Suspeito alegou que adolescente fez uso de drogas. Gilson também teria dito aos policiais que, após conversarem sobre a possibilidade de contratação, saiu para comprar bebidas e, ao retornar, teria visto a jovem “aos beijos e abraços” com outro funcionário da empresa. Posteriormente, a menina teria passado mal, ele tentou reanimá-la, mas não conseguiu.

Ele [Gleison] disse que ela chegou, eles conversaram e, em um dado momento, ela usou um cigarro de maconha. Após isso, ele teria saído para buscar uma cerveja e, quando retornou, viu um funcionário em beijos e abraços com ela. Em um dado momento, esse funcionário disse que viu ela passando mal após usar cocaína que estaria na mesa.

O empresário disse que, em um primeiro momento, em um ato de desespero, ele teria colocado o corpo dela na caminhonete e ido até o distrito de Macaúba, em Mirassolândia (SP). Ele ia colocar o corpo em um rio que existe na região, mas resolveu depois vir até Nova Granada, na propriedade rural dele, que é arrendada há dois anos”, explicou o investigador.

Gleison teve a ajuda do caseiro do sítio para enterrar o corpo da adolescente, mas ele nega que a tenha matado. Giovana estava desaparecida desde dezembro de 2023 e o seu cadáver foi encontrado pela polícia na terça-feira (27), enterrado em uma vala na propriedade do empresário.

Troca de mensagens ocorreu em maio de 2023. Patrícia Alessandra Pereira contou ao UOL que mexeu no celular da filha e viu o conteúdo da conversa com Gleison. Segundo a mãe, na ocasião, Giovana admitiu que havia se relacionado com o empresário.

Mãe lembra que advertiu a filha devido à diferença de idade entre eles. “Ela disse que se relacionava com ele, que os dois tiveram uma relação e que ele ofereceu ajuda financeira para ela. Falei que ela não precisava disso. Ela me disse que não teria mais encontrado com ele”, explicou Patrícia.

Último contato de Giovana com a mãe foi no dia 20 de dezembro de 2023, um dia antes de desaparecer. “Conversei normalmente com ela no dia 20 de dezembro.

Caseiro do sítio indicou onde a jovem estava enterrada e confessou à PM que ajudou a abrir cova. Conforme o boletim de ocorrência, Cleber Danilo Partezani explicou que no dia 21 de dezembro de 2023 o patrão teria aparecido no sítio e pedido que ele abrisse um buraco em determinado local da propriedade.

Empresário, segundo versão do caseiro, pediu segredo e admitiu que iria enterrar um corpo humano. O patrão, porém, não teria informado se seria uma mulher ou homem, e teria retornado à propriedade em outros momentos para praticar tiro.

Polícia encontrou pertences da vítima junto ao cadáver. Anel, pulseira, uma sacola plástica com o celular, mochila com peças de roupas e maquiagens.

Foi solicitada perícia ao local e exames no Instituto Médico Legal. O caso foi registrado como morte suspeita, destruição, subtração ou ocultação de cadáver e posse irregular de arma de fogo de uso permitido na Delegacia de Nova Granada.

O que diz a defesa dos suspeitos

Defesa dos suspeitos nega que eles tenham assassinado a jovem. O advogado Carlos Sereno afirmou que vítima morreu em decorrência do consumo exagerado de drogas durante uma festa de confraternização da empresa de Gleison Luís Menegildo, no final do ano passado. “Na festa, outros funcionários beijaram a adolescente”, disse o defensor, que negou que clientes tiveram relações sexuais com a adolescente.

 

 



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