Coronavírus
Covid-19: Ministério da Saúde paga até 185% a mais por produtos de higiene
O Ministério da Saúde tem pago variações de 185% no preço de produtos necessário para abastecer redes públicas federal, estadual e municipal durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (13).
Análise de 34 contratos emergenciais, assinados pela pasta desde o início da crise, mostra que o órgão paga para empresas distintas valores díspares para materiais com a mesma descrição técnica. A maior diferença encontrada foi nas sapatilhas próprias para hospitais. O calçado feito de TNT é usado até o tornozelo para evitar que médicos, enfermeiros e pacientes carreguem microrganismos grudados nas solas para dentro das alas de tratamento.
O cobiçado álcool em gel 70% teve altas de até 300% no varejo de alguns estados, segundo os Procons, também está saindo mais caro para o governo. No início da crise, em abril, o frasco de 500 ml foi vendido à pasta por R$ 3,91, o valor pulou para R$ 6,68, aumento de 70%.
Procurado pelo jornal, o Ministério da Saúde atribuiu as variações à flutuação cambial e à questão mercadológica, de oferta e demanda. Afirmou que a compra de insumos, equipamentos e afins é um dos maiores desafios agora. Os aventais, luvas, toucas e máscaras são os produtos mais difíceis de encontrar. A pasta admitiu que parte das aquisições que planeja não tem se concretizado por falta de propostas financeiras ou de logística (prazo e entrega) viáveis.
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