Economia


Vendas em restaurantes caem mais de 80% durante pandemia, aponta Sefaz-SE


Publicado 23 de abril de 2020 às 16:41     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / Google Street View

Em boletim divulgado pela Secretaria do Estado da Fazenda de Sergipe (Sefaz) o estado registrou queda na arrecadação durante os primeiros meses da pandemia do novo coronavírus (covid-19). De acordo com a pasta, o setor mais afetado é o de restaurantes com redução de 80,72% nas vendas entre a primeira semana de março e a primeira de abril. Os dados foram publicados pela Sefaz na segunda-feira (20).

O secretário da Fazenda, Marcos Queiroz, explicou que dados são baseados na emissão de Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica (NFC-e) pelos estabelecimentos comerciais de diversos setores do comércio sergipano. Além disso, Queiroz afirmou que no levantamento são feitos comparativos com outros períodos, e assim, é possível ter uma ideia de como o isolamento social e a restrição em alguns setores do comércio estão impactam a economia local.

Supermercados e Similares
De acordo com a análise da Sefaz, houve queda de 23,89% nas vendas da primeira para a segunda semana de abril. A média diária passou de R$ 13.438.914,20 para R$ 10.228.776,12 entre este período. Em comparação com o mês de abril de 2019, há uma redução de 26,52% no volume total de emissão de NFC-e no período, já no setor de supermercados e similares essa redução foi de apenas 0,06%.
Mercearias e Padarias
O segmento não sofreu grandes impactos, segundo o levantamento e permanecem com uma média de vendas semelhante em comparação com outros períodos.
Material de Construção
Entre os setores analisados, o de material de construção teve um dos comportamentos mais alternados, variando entre queda e aumento das vendas da primeira semana de março até a segunda semana de abril. Comparando-se a segunda semana de abril com a semana anterior, há uma queda de 10,79%.

Se a comparação for entre a segunda semana de março e a segunda de abril a queda é mais expressiva: cerca de 58,41%. s duas primeiras semanas de abril de 2019 com abril de 2020 há uma redução de 53,41%, passando o volume de vendas de R$ 23.416.144,34 para R$ 10.909.668,58.
Transporte
A análise desse setor foi com base no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), e o valor movimentado com o transporte de carga na segunda semana de abril foi R$ 7,58 milhões. Na primeira semana de abril, esse valor foi R$ 11,71 milhões, o que representa uma redução de 35,26% no período analisado. Ao se comparar com a segunda semana de março, cujo valor foi R$ 13,53 milhões, verifica-se a maior variação negativa com -43,96%.

Ao se comparar a primeira quinzena de abril de 2020 com os primeiros dias de abril de 2019, percebe-se uma diminuição de 30,86% no corrente ano. O valor comercializado foi R$ 27,91 milhões, em 2019. Em 2020 esse valor passou a ser R$ 19,30 milhões.
Variação dos Preços dos Combustíveis
De acordo com a SEFAZ, o preço médio dos principais combustíveis continua em queda. Na segunda semana de abril, o preço médio dos combustíveis destacados variou -1,27%. Essa redução média foi menor que a da primeira semana desse mês: de -1,53%.O valor comercializado na primeira quinzena de abril de 2020 foi de R$ 135,9 milhões, valor 19,25% menor que o da última quinzena de março, que foi de R$ 168,3 milhões. Efetuando-se a comparação com a primeira quinzena de março de 2020, cujo valor total de comercialização foi R$ 203,41 milhões, encontra-se uma queda ainda mais acentuada: 33,19%.
Produtos Farmacêuticos
O preço do álcool em gel 70% (unidade de 500ml) continua em altos patamares, como é perceptível desde o início do surto. Para a primeira quinzena de abril de 2020, comparada ao mesmo período de 2019, o preço médio ainda chega a ser, em alguns dias, cerca de 5 (cinco) vezes o preço médio de 2019. Dos produtos de uso comum visando proteções sanitárias de combate ao vírus, esse é o produto com maior aumento do preço médio.
EPIs
A quantidade comprada de álcool em gel 70% (unidade de 500ml) ainda segue em alta, sendo, para o período de referência, quase 10 (dez) vezes a quantidade comprada no mesmo período do ano passado. É conveniente lembrar que o álcool em gel é consumido em diversos percentuais de concentração e em recipientes de tamanhos diversos. Essa análise foca somente no produto com concentração de 70% e vendidos em embalagens de 500ml.
Energia
O mês de março de 2020 não registrou variações significativas no valor total arrecadado de ICMS, mantendo-se nos mesmos patamares. Na Classe de Consumo “Residencial” de energia, houve um acréscimo do valor referente ao ICMS de aproximadamente 6,5%, o que pode indicar uma mudança no padrão de consumo dos primeiros dias do isolamento. As leituras relativas a este período deverão ser realizadas no decorrer deste mês de abril, prevendo-se um impacto no comportamento da arrecadação no mês de maio.



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