Coronavírus
Testes para mapeamento do coronavírus em Aracaju começam na segunda (27)
Uma série de testes com a população no sentido de avaliar a frequência da covid-19 e sua distribuição nos bairros de Aracaju, ou seja, um mapeamento do coronavírus, começará a ser feita pela prefeitura, na segunda-feira (27). O levantamento é fruto de uma parceria entre a prefeitura e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que fará a análise final dos dados obtidos através dos testes.
Quem está à frente do estudo é o chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Universitário (HU), Roque Almeida, que conta com outros dois médicos em sua equipe para dar continuidade ao mapeamento, a partir dos dados obtidos pelos testes realizados pela Prefeitura.
De acordo com Roque, alguns indicadores serviram para definir quantas pessoas seriam necessárias para compor a amostragem. “Não temos dados anteriores sobre o coronavírus, como temos de outras doenças ou vetores, mas, temos dados de mortalidade, casos positivos, testes realizados. Esses indicadores serviram como base para calcular quantas pessoas seriam necessárias, em Aracaju, para testar. Chegamos ao número de 2.680 pessoas”, ressaltou.
Em cada bairro, no mínimo 50 pessoas serão testadas, a depender do tamanho da localidade, o número de pessoas vai aumentar. “Além do teste em si, teremos um questionário, para saber se as pessoas utilizam transporte público, se viajou, se foi ao supermercado, por exemplo, para fazermos uma análise secundária e termos uma ideia de como aconteceu a infecção pelo vírus”, frisou Roque.
Ainda segundo o representante da UFS, após o início dos testes, pela capacidade operacional do Município, em duas semanas terá sido finalizada a parte prática e depois será apenas o tempo de fazer a análise dos dados e, posteriormente, apresentar o mapeamento.
De acordo com a diretora de Vigilância e Atenção Básica em Saúde, Taíse Cavalcante, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) já havia realizado todo um estudo e foi em busca da UFS para dar credibilidade e validação ao que estava sendo planejado pela Prefeitura.
“Já tínhamos um desenho de onde estavam os pacientes que tiveram a covid-19. A partir disso e com a conclusão do estudo, poderemos traçar toda a estratégia de como deverá ser o isolamento social, de acordo com cada bairro, grupo, faixa etária, assim, poderemos trabalhar de forma mais precisa para que não haja a sobrecarga no sistema de saúde junto à UFS, criamos a metodologia para o mapeamento do coronavírus. O objetivo principal é saber a prevalência, o percentual de pessoas que tiveram contado com o vírus”, afirmou Taíse.
Toda a parte prática do estudo, ou seja, a aplicação dos testes na população, será realizada pelas equipes da prefeitura e caberá à UFS a compilação dos dados obtidos e, assim, a conclusão do mapeamento. “Para o que chamamos de randomização, usaremos o método que aplicamos para o LIRAa – Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypt. Sabemos que 80% que tiveram contato com o vírus são assintomáticas ou com sintomas leves, portanto, os testes serão aplicados em todos os bairros da cidade, em pessoas que não apresentam sintomas”, destacou a diretora.
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