Polícia
Golpes na internet disparam em 63,6% no período de isolamento social em Sergipe
Os crimes virtuais aumentaram 63,6% no período de isolamento social, em Sergipe, entre os dias 21 de março e 17 de abril se comparado com o mesmo período no ano passado. De acordo com dados da Coordenadoria de Análise e Estatística Criminal (CEACrim), da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE), foram registradas 54 ocorrências relacionadas a estelionato virtual, já em 2019, esse número foi de 33.
Segundo a SSP-SE, entre os principais golpes na internet está o “phishing”. O órgão explica que, nesse golpe os estelionatários enviam e-mails ou mensagens falsas para os celulares das vítimas. As mensagens enviadas parecem ser de empresas ou instituições públicas, como bancos e operadoras de cartões de crédito.
Mas vale o alerta, geralmente as mensagens pedem atualização, validação ou ainda confirmação de informações da conta bancária das vítimas. Ao clicarem nos endereços eletrônicos a pessoa é redirecionada a um site falso, onde os cibercriminosos passam a ter acesso à conta (incluindo dados pessoais e financeiros) e começam a realizar fraudes em nome das vítimas.
“Nesse período de quarentena, em que as pessoas têm se utilizado mais da internet, temos observado uma intensificação no número de golpes praticados por esse mecanismo, através das redes sociais, da internet. Estamos vendo diversos aplicativos falsos sendo utilizados para captar dados das pessoas, para encaminhar softwares maliciosos para invadir celulares das pessoas”, explicou a delegada da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Rosana Freitas.
A delegada ainda comentou sobre possíveis fraudes envolvendo o aplicativo do benefício do Governo Federal. “Temos ainda os auxílios emergenciais sendo ofertados por meio de aplicativos, e esse mecanismo disponibilizado através da internet, para ajudar as pessoas e facilitar o acesso, tem sido utilizado por infratores para tentar chegar à população e fazer com que ela forneça dados, senhas, cartões. Há ainda a oferta de produtos a baixo preço para atrair consumidores. É uma infinidade de golpes que está sendo cada vez mais comum”, ressaltou.
“Os golpes envolvendo WhatsApp partem sempre de uma falsa história, para convencer as pessoas a fornecerem o número de seis dígitos, que é enviado por SMS para o aparelho da vítima. Para habilitar um WhatsApp em outro aparelho, por questão de segurança, o aplicativo envia, para o titular da conta, uma mensagem de SMS contendo seis dígitos que precisa ser digitado no novo aparelho”, alertou a delegada.
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