Saúde
Após 300 mortes por covid-19, maior campo de refugiados do mundo corre risco de surto
Primeiros casos de covid-19 chegam ao maior campo de refugiados do mundo, em Bangladesh, país do Sul da Ásia. De acordo com a agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), as mais de 850 mil pessoas que ocupam o local estão entre as mais vulneráveis a contraírem a doença. Até o momento, 300 mortes pelo vírus foram registradas. As informações são da Agência Reuters, publicadas neste sábado (16).
Para conter avanço das contaminações, trabalhadores humanitários estão instalando centros de isolamento e tratamento, além de pias para a lavagem de mãos. O porta-voz do Acnur, Andrej Mahecic, alerta para os riscos caso haja um surto da doença nos campos. “As equipes foram ativadas para iniciar o isolamento e tratamento de pacientes, bem como rastrear contatos. Essas populações são consideradas as que estão mais em risco globalmente nesta pandemia”.
O comissário de refugiados de Bangladesh, Mahub Alam Talukder, afirma que cerca de 4 mil pessoas foram orientadas a não deixar seus blocos dentro dos campos para diminuir avanço do vírus. “Conseguimos atrasar a entrada do vírus nos campos por um longo tempo, e isso porque trabalhamos para impedir a propagação desde março. Estamos preparados para isso”.
Mais de 730 mil refugiados chegaram de Mianmar, país do Sudoeste asiático, no final de 2017 depois de escaparem de uma repressão militar. O governo do país está enfrenta acusações de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, cidade Holandesa.O exército nega o genocídio ao afirmar que batalha foi legítima.
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