Política
Erros e fraudes em benefícios mostram fragilidade de dados do governo
É inegável que o auxílio emergencial seja um dos programas mais importantes criados pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido). A informação foi divulgada pela revista Veja, neste domingo (14). Tanto que a equipe econômica já bateu o martelo sobre a ampliação das parcelas do benefício, que de três devem virar cinco.
Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, faz contas para ver até onde é possível abrir o cofre, problemas envolvendo o processamento de dados facilitam golpes, fraudes, sem contar que o benefício não contempla quem realmente precisa dos recursos. O Tribunal de Contas da União (TCU) avalia que 10% dos beneficiários da primeira parcela (ou cerca de 5,8 milhões de requisitantes) receberam o auxílio indevidamente.
Trata-se de um contingente substancial que, se já é reprovável em condições normais, se torna inadmissível em meio ao caos da pandemia provocada pelo coronavírus, quando o governo raspa os cofres para mitigar os danos causados pela crise sanitária. Pela estimativa do TCU, caso as fraudes e irregularidades não sejam contidas ou não aumentem no decorrer do pagamento das próximas três parcelas, os recursos desperdiçados podem chegar a quase 11 bilhões de reais.
O volume de dinheiro desviado para os bolsos de golpistas seria suficiente para construir pelo menos 1 000 hospitais de campanha com 200 leitos cada um, para o combate ao novo coronavírus (covid-19).
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