Política


Empresa envolvida no esquema de laranjas de Álvaro Antônio recebeu R$ 270 mil do PSL em 2020


Publicado 15 de junho de 2020 às 09:32     Por Roberta Cesar     Foto Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A empresa I9 Minas e Assessoria, envolvida no escândalo das candidaturas laranjas em Minas Gerais, está entre as que mais receberam verbas públicas do PSL este ano. Entre janeiro e abril, ela foi contratada sete vezes para fazer pesquisas e testes de opinião pública, ao preço de R$ 267,2 mil. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo (14).

Segundo a publicação, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) apontaram a empresa como parte de um esquema que desviava recurso de candidatas de fachada nas eleições de 2018. A empresa é ligada ao ex-assessor do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

O dono da I9 Minas e Assessoria é Reginaldo Donizete Soares, irmão de Robertinho Soares, que já foi auxiliar parlamentar de Álvaro Antônio durante três anos, além de ser seu coordenador de campanha no Vale do Aço, em Minas Gerais. Robertinho chegou a ser preso no inquérito que investigou os laranjas.

De acordo com o jornal, Reginaldo afirma que somente prestou os serviços que foi contratado, mas disse que não sabe por que o pagamento foi feito pela executiva nacional do PSL.

A investigação da PF sobre as suspeitas de desvios em 2018 mostra que a I9 recebeu R$ 38,1 mil de duas candidatas que são ligadas ao ministro do Turismo. No entanto, a polícia não encontrou indícios de que as entrevistas eleitorais foram realizadas para as duas mulheres.

A conclusão do inquérito foi que os candidatos homens foram beneficiados pelas candidatas mulheres, recebendo dinheiro do fundo partidário que foram repassados pela cota de gênero. Em outubro de 2019 a PF indiciou o ministro do Turismo.



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