Economia


Acesso a crédito na ponta é papel do banco privado, diz presidente do BNDES


Publicado 18 de junho de 2020 às 21:20     Por Peu Moraes     Foto Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou, nesta quinta-feira (18) que a instituição não tem condição de chegar à última milha, justificando a dificuldade de acesso a crédito enfrentada por micro, pequenas e médias empresas durante a crise de coronavírus. A informação foi publicada no jornal Folha de São Paulo, nesta quinta.

“Então é normal, entre aspas, procurar o BNDES e não encontrar. A relação tem que ser feita com o agente bancário”, disse o presidente do banco em uma transmissão da corretora XP Investimentos. Montezano também afirmou que o problema de acesso a crédito “não é uma questão nova no Brasil” criada no contexto do novo coronavírus (covid-19).

“Antes da crise, a taxa de uma empresa média que tomava recursos era de 1,4% ao mês, imagina quanto isso dá por ano. Se for para pequena, era 2% antes da crise”, disse.

Montezano, que está há um ano à frente do banco, citou as linhas disponibilizadas a empresas junto ao governo durante a crise, como os programas emergenciais de acesso a crédito e de proteção de emprego, que somam R$ 65 bilhões. A contratação, entretanto, tem sido limitada ao cliente final, que relata burocracia e demora na liberação dos recursos pelos bancos privados, que atuam na ponta final da concessão do crédito.

O governo tem linhas independentes, como Pronampe, linha de crédito de R$ 15,9 bilhões a micro e pequenas empresas, que passou a ser liberada agora, praticamente três meses depois do início do isolamento social.



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