Economia


Governo quer leiloar cerca de 6 estatais e tem 115 projetos em carteira


Publicado 31 de janeiro de 2020 às 16:41     Por Larissa Barros     Foto Rovena Rosa / Agência Brasil

O Governo Bolsonaro pretende transferir para a iniciativa privada a soma de atualmente 115 ativos, e leiloar ao menos 64 ainda neste ano, incluindo a venda de 6 estatais, como a Eletrobras, a Casa da Moeda, e o leilão do 5G. Além de concessão de aeroportos, rodovias, ferrovias e até parques nacionais. A informação foi divulgada pelo G1, nesta sexta-feira (31).

O número de leilões previstos para 2020 é maior que o realizado em 2019, quando o governo conseguiu tirar do papel 47 projetos (13 terminais portuários, 1 ferrovia, 1 rodovia, 12 aeroportos, 14 projetos de energia, 4 de óleo e gás e o leilão da Lotex).

Nesta semana, a pasta que comanda as privatizações, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) deixou a Casa Civil do ministro Onyx Lorenzoni e, passou a ser coordenado pelo Ministério da Economia de Paulo Guedes, segundo a publicação no Diário Oficial da União.

Para concluir a agenda de projetos, o governo precisa do aval do Congresso para as privatizações das estatais, além de acelerar projetos que ainda não tiveram o modelo definido e não receberam autorização das agências reguladoras ou do órgão de controle, como é o caso do leilão do 5G e da parceria para a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3.

A previsão inicial de arrecadação do governo, com as vendas de estatais é de mais de R$ 55 bilhões, e de ao menos R$ 264 bilhões em investimentos com os 115 projetos da carteira, principalmente nos setores de rodovias, ferrovias e energia.

De acordo com o levantamento do G1 a partir dos dados disponibilizados pelo PPI mostra que, dos 115 projetos já estruturados ou em fase de estudos, 45 são concessões e 18 privatizações. A lista ainda inclui arrendamentos, apoio a licenciamento ambiental, prorrogação de contrato e outros modelos de parceria ou venda de ativos.

A carteira de projetos foi apresentada a investidores nas últimas semanas em Davos e na Índia. Para o governo federal ela é uma estratégia para garantir o aumento e o volume de investimentos no país, diminuir gastos públicos, reduzir o tamanho do Estado e viabilizar uma maior abertura da economia brasileira.

 



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso