Os tradicionais festejos juninos no ‘país do forró’ como popularmente o estado de Sergipe foi batizado pelo cantor Rogério na música Chamego Só, do ano de 1989, ganharam uma nova roupagem em 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19) que motivou o cancelamento de diversas festas nos 75 municípios sergipanos.

Em entrevista ao AjuNews, secretário de Cultura de Nossa Senhora do Socorro, Renato Nogueira, afirmou que o Forró Siri, realizado pela prefeitura na Arena Siri, que completaria sua 26ª edição neste ano, e prometia uma programação diversificada com artistas locais e nacionais.

“Neste ano teríamos o forró antecipado no Parque dos Faróis e no Conjunto Jardim. No último final de semana de junho seria o Forró Siri. A expectativa da prefeitura para a festa eram as melhores, pois a organização do evento começou no ano de 2019”, disse.

Segundo Nogueira, a prefeitura encerrou os preparativos para festas quando foram anunciadas as primeiras medidas para conter o avanço do novo coronavírus (covid-19). O Município da Grande Aracaju é o segundo em maior números de casos confirmados da doença em Sergipe.

“No início de março tínhamos o entendimento que seria complicado realizar um evento com aglomeração de pessoas, visto a alta capacidade infecciosa do coronavírus e por isso nesse momento colocamos o pé no freio para cuidar dos assuntos relacionados a doença”, ressaltou.

Renato lamentou a situação sanitária no país, pois os impactos econômicos com o cancelamento da festa  trazem perdas a receita municipal na arrecadação de impostos, além de impossibilitar que o pequeno comerciante consiga um ganho extra. “A prefeitura deixa de arrecadar, mas os principais afetados são os ambulantes. O Forró Siri é um evento de porte nacional que carrega a identidade cultural do município. Não estamos estudando realizar a festa em outra data, visto que, os índices de casos têm aumentado e ainda não temos uma vacina para imunizar a população”, salientou.

Ainda segundo Renato, os artistas e ambulantes locais estão recebendo atenção da Secretaria Municipal de Assistência Social com a distribuição de cestas básicas com base no cadastro feito pela própria pasta. “O setor cultural foi o primeiro a ser afetado por causa das aglomerações e deve ser o último a voltar com as atividades. Então estamos procurando atender todas as demandas para melhor prestar assistência a população socorrense”, finalizou.

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