Saúde


Presidente do SindMed denuncia que prefeitura de Aracaju quer contratar médicos não habilitados


Publicado 26 de junho de 2020 às 10:44     Por Roberta Cesar     Foto Secom / Prefeitura de Aracaju

O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (SindMed), João Augusto, afirmou, nesta quinta-feira (25), que o Ministério Público de Sergipe (MP-SE), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério do Trabalho entraram com uma ação judicial e o juiz Federal está “querendo impor” ao Conselho de Medicina que pessoas não habilitadas em medicina possam exercer a função. Ele relata que essas pessoas trabalhariam exclusivamente no Hospital de Campanha de Aracaju na rede pública de saúde.

“Esse é um ponto que para mim é muito grave que é querer autorizar a prefeitura de Aracaju a contratar pessoas não habilitadas no exercício da medicina aqui no Brasil. E pasmem, exclusivamente para o Hospital de Campanha, no SUS [Sistema Único de Saúde] para a população carente”, ressaltou o presidente.

João Augusto ainda frisou que a situação demonstra uma diferença entre aqueles que têm uma renda alta e os de renda baixa. Para ele essa decisão judicial significa que: “médicos de verdade para quem tem dinheiro, pessoas não habilitadas em medicina para quem não tem dinheiro”.

Ainda segundo o presidente do SindMed, a prefeitura alega que a medida seria porque não tem médicos em Aracaju, mas ele rebate, “o CRM [Conselho Regional de Medicina] já fez o chamamento, em dois dias apenas foram 115 médicos que manifestaram ao CRM interesse em trabalhar.

Ainda de acordo com João Augusto, os participantes do processo seletivo entregaram o protocolo de inscrição na prefeitura desde o dia 1 de junho e administração municipal não deu andamento.

O presidente ainda destacou que em nenhum momento os MPs convocaram na mesma reunião os órgãos públicos e as entidades para ouvir os dois lados. “O Sindicato dos Médicos não foi, CRMs não foram, Sociedade Médica de Sergipe também não foi, eles ouviram somente as prefeituras”.



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso