Mutações do novo coronavírus (covid-19) o torna mais contagiante do que quando gerou o surto da doença na China, aponta um estudo conduzido pelas universidades de Sheffield e Duke, e do laboratório nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pela revista Época, nesta quinta-feira (2).

Segundo a pesquisa, a variante do vírus, conhecida como D614G, saiu da China e se estabeleceu na Europa, local em que sofreu mutações. A partir disso, o estudo aponta que a versão europeia foi a responsável pelo surto dos Estados Unidos.

“É provável que atualmente ele seja um vírus mais apto. Mas mesmo sendo um agente mais infeccioso, ele não é necessariamente mais transmissível”, disse a cientista Erica Saphire que participou do estudo.

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão, após analisarem de 999 pacientes britânicos que foram hospitalizados em decorrência da covid-19. Eles observaram que todos os que foram identificados com a variante D614G possuíam mais partículas virais. No entanto, mesmo com maior concentração do vírus, a gravidade da doença não foi alterada.