No Pronto Socorro do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), somente no primeiro semestre deste ano (janeiro a junho), já foram atendidas na Área Verde Trauma da unidade 1.602 vítimas de acidentes motociclísticos. No mesmo período de 2019, esse número foi maior e totalizou 2.232 atendimentos.

“Foi tudo muito rápido e não imaginei que uma coisa tão simples fosse me causar esse trauma na perna. Estava trafegando no meu povoado, em velocidade mínima, havia um carro em minha frente e parou por conta de um quebra-molas e eu, distraído, acabei freando bruscamente, e não deu outra, caí e minha moto ficou em cima da minha perna”, explicou o motoboy do município de Itabaiana, Carlos José de Souza, 41 anos, ao relatar o acidente que o fez precisar da assistência do Huse.

As sequelas que chegam a cerca de 30% desses casos e que muitas vezes são definitivas, são paraplegias, tetraplegias, deformidades ósseas e amputações. Nos outros 70%, as vítimas sofrem sequelas parciais, como restrições de movimentos e dores.

Segundo o diretor técnico do Huse, Vagner Andrade, conforme a gravidade do trauma, o tempo de permanência desse paciente no hospital gera um custo alto em assistência hospitalar, internação em leito de UTI, insumos, equipamentos, exames, entre outros fatores.