Política


Sergipe tem terceira maior queda de arrecadação no Brasil em relação ao primeiro semestre do ano passado


Publicado 03 de agosto de 2020 às 08:24     Por Eduardo Costa     Foto Ascom/Governo de Sergipe

Sergipe seguiu a linha da maioria dos estados brasileiros e, por conta da pandemia do novo coronavírus, teve um primeiro semestre economicamente duro em 2020. Publicado neste domingo (2), um levantamento do jornal Folha de S. Paulo com base nos relatórios de execução orçamentária dos estados mostra que a queda na arrecadação sergipana foi de 14,3% em relação ao mesmo período de 2019. É a terceira maior queda no Brasil, atrás apenas de Ceará (16,5%) e Rio Grande do Norte (15,1%).

De janeiro a junho de 2019, Sergipe arrecadou R$ 1,40 bilhão (já com o repasse aos municípios deduzido). Já no primeiro semestre deste ano, a arrecadação foi de R$ 1,20 milhão. Mas não foi exclusividade sergipana: dos 27 estados no levantamento da Folha, apenas seis e o Distrito Federal tiveram aumento na arrecadação.

Somando todas as unidades federativas, a receita dos estados (que inclui impostos, taxas e contribuições) chegou a R$ 251 bilhões, contra R$ 267,6 bilhões nos seis primeiros meses de 2019. Os estados do Nordeste, mais especificamente, tiveram uma perda significativa na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um impacto direto da pandemia.

Para completar, segundo a Folha, 21 dos 27 estados registraram mais gastos no primeiro semestre em relação a 2019. Isso se dá pelas estratégias de combate ao novo coronavírus, onde foi necessário um grande investimento em pessoal e estrutura.

A situação só não foi pior porque, como lembra o jornal, foram aprovadas medidas de auxílio do Governo Federal a estados e municípios. Ao todo, eles receberão juntos R$ 22,3 bilhões. Visando a recuperação das perdas, o Governo de Sergipe iniciou de forma gradual na última sexta-feira (31) a retomada da economia. A medida foi adotada após novos critérios adotados no Plano de Retomada gradual das atividades econômicas e reuniões entre o governador Belivaldo Chagas (PSD) e membros dos Comitê de Retomada Econômica (COGERE) e Comitê Gestor de Emergência (CGE).

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