Economia
Com nova direção, Fafen em Sergipe retomará operações em 2021
A Petrobras arrendou a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), localizada no município de Laranjeiras, em Sergipe para o grupo Unigel. Com o negócio, haverá retomada de produção nas duas unidades a partir de janeiro de 2021.
Além de Sergipe, o acordo envolveu as fábricas de fertilizantes nitrogenados da Bahia, para a Proquigel, subsidiária da Unigel. Essa é a última etapa para a transferência de controle dos ativos, após as licenças e autorizações exigidas pelos órgãos reguladores.
O negócio inclui a promessa de subarrendamento dos terminais marítimos de amônia e ureia no Porto de Aratu, na Bahia. O contrato permite à Proquigel o controle das unidades por 10 anos, renováveis por mais 10.
Atualmente, a Fafen em Sergipe tem capacidade de produção total de ureia de 1.800 toneladas por dia. Com a retomada das operações das fábricas a estimativa é de que a Proquigel consiga atender a 20% do consumo nacional de ureia.
Segundo o governador Belivaldo Chagas (PSD), a retomada deve promover a criação de cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos. “A retomada das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe e da Bahia a partir de 2021, promete movimentar o mercado brasileiro de nitrogenados e o consumo de gás natural como matéria-prima. Serão criados cerca de 1500 empregos diretos e indiretos no total das duas fábricas”, afirmou.
O gestor avaliar ainda que a volta das atividades da fábrica é essencial para a retomada do crescimento do país, pois o fertilizante é básico para o desenvolvimento agrícola do Brasil. O contrato permite o controle das unidades por um período de dez anos, podendo ser renovado por mais dez.
O executivo estadual assegurou a viabilização da proposta da Proquigel química, que faz parte do grupo Unigel, através do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise). Por meio de decreto, o governo também estabeleceu a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), incidente sobre o gás natural na produção de fertilizantes.
Ainda segundo o governador, outra medida tomada foi a garantia de apoio junto à Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Agência Reguladora de Serviços Públicos (Agrese), Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Grupo Energisa e Petrobras, entre outras entidades, com o objetivo de reduzir custo de insumos e de impostos municipais.
“A Fafen é o esteio da cadeia produtiva de fertilizantes de Sergipe e potencial consumidora de parte do gás que será produzido em águas profundas sergipanas a partir de 2023. É indústria âncora para inúmeros outros empreendimentos, também potenciais consumidores de volumes expressivos de gás, e fundamental para o desenvolvimento de novos projetos em Sergipe do Grupo Mosaic, multinacional fabricante de fertilizantes, que já explora o nosso cloreto de potássio”, destacou o governador.
Segundo nota divulgada pela estatal, a diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, considerou que o arrendamento está alinhado à estratégia de gestão de portfólio de capital da companhia, que concentrará os investimentos na produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas, principalmente na camada pré-sal. A empresa acredita que a entrada de novos atores no segmento de fertilizantes poderá alavancar o desenvolvimento da região.
“O arrendamento vai permitir a continuidade da operação das duas fábricas de fertilizantes, que estavam hibernadas, gerando novos empregos e atraindo investimentos para os estados da Bahia e de Sergipe. A Petrobras estudou e sugeriu alternativas de otimização de custos para a transferência das instalações ao futuro operador das fábricas”, destacou Anelise.
Leia os termos de uso