Saúde
Médicos esperam explosão de demanda de cirurgias eletivas no SUS após queda de 61%
Os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) esperam uma explosão nas demandas de cirurgias letivas (não urgentes) que foram paralisadas por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a queda foi de 61,4%, o que corresponde que apenas 388 mil procedimentos foram realizados. As informações foram publicadas pelo jornal Estadão, nesta segunda-feira (24).
De acordo o jornal, em março, o Ministério da Saúde orientou Estados a adiarem cirurgias eletivas, como uma forma de poupar leitos e evitar infecções pela covid-19. A recomendação foi reforçada mais tarde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de nota apoiada por 11 entidades nacionais.
Com a pandemia, os leitos ficaram perto da ocupação máxima em muitas regiões. Só no Estado de São Paulo, houve diminuição de quase 175 mil (cerca de 59%) dos procedimentos eletivos de março a junho. O problema, segundo especialistas ouvidos pelo jornal, é que muitos dos pacientes com cirurgias adiadas agora sofrem com a demora para remarcar as intervenções na rede pública, enquanto seus quadros se agravam.
Já no sistema de saúde suplementar, a rede privada diz ver queda de até 20% da receita esperada para o ano. “Alguns casos de especialidades que já tinham uma fila muito longa, realmente vão ter uma espera maior e pode sim haver agravamento do prognóstico”, disse Walter Cintra, professor de Gestão de Saúde da Fundação Getúlio Vargas e médico sanitarista.
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