Política


Bolsonaro diz que auxílio emergencial segue até dezembro, mas afirma: “é muito para quem paga”


Publicado 28 de agosto de 2020 às 09:41     Por Eduardo Costa     Foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em live nas suas redes sociais nesta quinta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou dos custos do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 para o Governo Federal. Segundo o presidente, o valor será prorrogado até o fim de 2020 e pode ser pouco para quem recebe, mas “é muito para quem paga”.

“Vamos prorrogar o auxílio emergencial até o final do ano. Eu falei na semana passada que R$ 600 é muito, bateram em mim. É muito para o país, para quem paga. Esse dinheiro é endividamento. O Brasil está se endividando. São 50 bilhões por mês. Não dá para manter os R$ 600. Falaram em R$ 200, é pouco demais. É pouco para quem recebe, mas é muito para quem paga. Não podemos continuar nos endividando”, afirmou.

Bolsonaro disse que gostaria de ver os R$ 50 bilhões mensais gastos com o auxílio nas mãos do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para aceleração de investimentos em obras públicas. “Eu acho que, em um ano praticamente ele [Tarcísio] resolveria os grandes problemas de Infraestrutura do Brasil”, afirmou.

O presidente continuou afirmando que a prorrogação do auxílio até o fim do ano será em algum valor entre R$ 200 e R$ 600, e que espera que as pessoas voltem logo ao trabalho: “Vai ser até dezembro, só não sei o valor. Enquanto for possível, nós o manteremos, mas você começa a ter consciência de que ele não pode ser eterno”.

O auxílio emergencial de R$ 600 foi criado para ajudar trabalhadores informais, desempregados e MEIs (microempreendedores individuais) durante a pandemia do novo coronavírus. Inicialmente, a proposta era de um valor de R$ 200, mas após divergências com o Congresso Nacional, ele subiu para R$ 600.

Segundo o presidente, o valor de R$ 50 bilhões mensais para bancar o benefício “não é nosso”, o que acaba aumentando a dívida do país.

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