Política
Na Alese, conselhos de classe de Sergipe repudiam PEC que desobriga registro profissional
Os representantes de conselhos de classes de Sergipe estiveram em uma audiência pública, no plenário da Assembléia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta sexta-feira (7). A reunião analisou impactos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 108/2019, proposta pelo Executivo Federal em julho do ano passado, que analisa tornar o registro em entidades de classe como facultativo e sem a obrigatoriedade, o que prejudicaria 29 profissões.
A audiência contou com a presença dos deputados estaduais, Luciano Pimentel (PSC-SE), Garibalde Mendonça (MDB-SE), Adailton Martins (PSD-SE), Zezinho Sobral (PODEMOS-SE) e representantes do gabinete do deputado Iran Barbosa (PT-SE); além dos deputados federais Laércio Oliveira (SOLIDARIEDADE-SE) e Bosco Costa (PR-SE).
Segundo o presidente do Conselho Regional de Psicologia em Sergipe, Naldson Melo Santos, o maior impacto com a aprovação dessa PEC, é que a população irá ficar desassistida quando profissionais não habilitados prestarem um serviço. “A população não vai ter a quem recorrer caso algum profissional cometa algum delito, alguma infração, algum ato antiético, inclusive profissionais que não são regulamentados, que não tenham formação, por exemplo, na psicologia e atuem como psicólogos. Não tendo conselho de classes e vai recorrer à delegacia, ao Ministério Público, vai levar ao Judiciário, situações de competência que hoje são dos conselhos”
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (CREA), Arício Resende Silva, afirmou que a categoria é extremamente contrária à PEC e lamenta andamento da proposta.“ Tantos problemas que precisam ser resolvidos no Brasil e querem mexer com a regulamentação dos conselhos dos profissionais. Precisamos preservar a soberania nacional em todos os setores. Há uma confusão muito grande estabelecida nesta PEC”, afirmou.
No fim da reunião, o deputado Luciano Pimentel (PSC-SE) concluiu que uma nova audiência pode vir a ser marcada para analisar discussões que envolvam a medida. “Estamos atentos e abertos a se houver a necessidade de uma nova audiência pública, estaremos aqui para ajudar no que for necessário quanto á necessidade de rejeição dessa PEC”.
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